Eu sou o desatino do cotidiano.
Brêda é extensão de mim | Alterego.
Talvez você seja o sujeito que dá cabimento a nós duas.
Ou a nossas histórias.

aqui escreve quem acredita.
pulsa & ama.


sexta-feira, 29 de abril de 2011

eu, tempo

fui dormir sol acordei chuva.

do quase choro

minha forma de encerrar uma conversa em momentos que o sentimento não aguenta em mim é a seguinte: "tudo bem, era só isso". o que diz: certo, não preciso ouvir mais nada de você e eu estou quase em lágrimas e antes que dê vazão a elas estou me despedindo. adeus!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

que seja serena

numa próxima vez tenho que lembrar de ser menos voraz em querer descobrir aquilo que os outros planejam dizer em um tempo que não é o meu. porque eu, feroz, penso que se com mais calma não teria visto o desfecho ser brisa suave que acaricia a pele. então, não a como retroceder. é esperar que eu seja serena no que há de vir.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

monopólio

a brêda nem quer saber de conversas assim. num tem registro de papel mas tem indícios de poder inscrito no corpo. marca da presença diária e quando não, saudosa. digna dos mesmo cuidados pretensiosos que ele assumiu tempos atrás brêda não quer dividir o amigo. ela que se diz individualista vez quando. 
acho mesmo que brêda tem é medo de perder lugar. lugar não. mas o tempo, tão efêmero e ele tão longe que quando vê quer monopolizar pra si o que não pertence a ninguém. pobre brêda.

há braços!

terça-feira, 26 de abril de 2011

[Re]significar

é minha palavra da vez, da vida. Não sei quando se tornou minha palavra preferida. Alguns anos atrás com certeza. Lembro que é porque a memória re,significa. Sempre, cada vez que você ousa lembrar algo que foi e no presente é: sempre novo. Re,significar é como deixar que a janela da vida sempre receba uma nova pintura.
 Pensando sobre isso descobri que não é só a memória que se [re]significa, um punhado de coisa importante segue o mesmo gingado. Pensei logo no amor. Que significa, mas paulatinamente se [re]significa no lugar dentro de nós.  No lugar onde tudo que importa acontece.

devaneio

Nem profundo amor nem sequer o não amor. Não se sabe esse estado de paz o caminho. Nas brenhas que veio ninguém encontrou lugar de volta. Nunca mais a urgência da paixão.  Não nesse amor-bonito-tenso-nunca-realizado do passado. No presente só o querer bem. Naquilo que se quer cuida com carinho. Natural, não?

sábado, 23 de abril de 2011

desembaraçar

eu quero desembaraçar. lavar a vida com um shampoo anti-resíduos e aplicar litros de um condicionador que dê fim aos nós. tanto querer embolado nas obrigações diárias que fico lá quase folha ao vento. daí se eu desembaraço, com cuidado até, fico menos à margem de mim.

menos folha seca e mais bússola. desembaraçada fica mais fácil curtir a paisagem que se estende no caminho. alguém sabe onde encontro esse kit shampoo & condicionador que desembaraça a vida pra vida?

sobre a sensação de satisfação:

É
tão gostosa quanto sorvete de napolitano ou tão bonita quanto o nascer do sol.
prolongada na delícia do minuto.
insaciável.

Faz
bem e faz melhor.
você melhor.

E corre-se o perigo de se querer mais. Quer dizer não é bem um risco futuro. Eu conjugaria no pretérito mesmo antes de ser. Afinal sempre se deseja o melhor daquilo que podemos ter. Isso serve pra qualquer experiência que você vá viver na sua vida inteirinha: na ternura do amor, na cumplicidade da amizade, na dureza do trabalho, na insistência dos estudos e a lista continua dobrando a esquina do sem fim de todos nós.  Isso, claro, para os sujeitos que são de coração inteiro. [porque quem vive pela metade já passou dessa pra uma pior] 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

se isso puder significar algo

beijo, segredo e sarcasmo. sinceramente não sei até onde essas palavras me descrevem. beijo? algo a se praticar com mais afinco no futuro. segredo: alguns, divididos com resumidos amigos e parcialmente devastadores. sarcasmo é mais coisa não dita, latente, mas refreado pelos anos de sabedoria.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Aujourd'hui

hoje foi o primeiro dia em anos que eu tinha certeza absoluta que não queria vê-lo. eu disse a um tempo atrás que não voltaria a chorar pelo que não fomos e ainda menos pelo que vivemos. era hora de encerrar com tudo. 
hoje mais cedo tive sérias dificuldades de levar isso a cabo. brava e extremamente decepcionada tive medo de te olhar e desatar em lágrimas. orgulho ou qualquer outra coisa ligada ao instinto de auto preservação me fizeram fugir de você. 

fugi na esperança de amanhã ser mais forte ou menos boba. e eu não gosto disso. é preciso saber lhe dá com aquilo que embaraça hoje.

Brêda.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

'Da estrada que não cabe onde termina'

hoje é um dia triste pra uma porção de gente que conheço, assim como pra mim. perder alguém mesmo que não seja de tão perto carrega sempre algo de muito doloroso: a dor da perda. mais do que da morte em seu estado latente que pressupõe a vida de todos nós, o não ter a pessoa que se ama e quer bem pra abraçar, compartilhar e viver juntos todas as alegrias imagináveis e enfrentar os problemas mais monstruosos da vida é por intermináveis momentos um "não encontrar-se em canto algum."  mas se você afasta os olhos dessa dor absurda e olha pra Deus sem se deixar perder o foco você observa seu amor e cuidado que tem sustentado as cargas de tristeza, incapacidade, murmúrios e incompreensão que tem acompanhado você horas e horas por dias diversos. é nesse Deus de cuidado que você deve descansar porque nem sempre o entendimento vem instantaneamente e na nossa completa humanidade sofremos desmedidamente. mas aquele em que buscamos consolo é um Pai de propósitos e de imerecida graça em que todas as coisas estão sabiamente sobre controle e a quem pedir concede paz e entendimento que nos faz ver a vida, a morte e a própria dor sobre outra perspectiva.
acredito que aquela que nos deixou hoje tinha a certeza do cuidado de Deus e sentia a presença dele a abraça-la em seus momentos de dor e que agora também abraça sua família enlutada. acredito mais ainda que a filha pequena que deixou foi um presente lindo de Deus para que seu marido e sua outra filha pudessem se alegrar e dá graças ao Pai por tão grande milagre: alguém que não tinha chances nenhuma de engravidar do esposo por causa de um acidente que este havia sofrido quando jovem de repente se ver a espera de um filha. isso não pode ser outra que não um milagre da pura expressão do amor divino. em meio a tanta tristeza Deus sempre nos dá motivo para agradecer. 
Há mais com Deus na eternidade.
descanse em paz E.

Título da postagem da música do Macerlo Jeneci, "Feita pra acabar".

quinta-feira, 14 de abril de 2011

pra não cultivar

a raiva com certeza não é um desses pensamentos grandes e bonitos que fazem bem. na verdade desmancha qualquer sorriso. é coisa cega que turva o espírito. mas acredito que vez quando não tem como fugir. não é como se fosse uma escolha sua sentir raiva [ela te toma], sua escolha está em deixar que ela te tire a paz, ou não. 

da minha parte tenho escolhido viver em paz. por esperteza e preguiça, confesso. não preciso de nenhum motivo profundo, nem quero. da dureza do dia-dia só desejo o sentimento que valha a pena.

terça-feira, 12 de abril de 2011

de início

Há realmente algo de excitante no novo. É uma vontade irresistível que envolve um pouco de medo, porções de coragem e alguma criatividade. Lógico, criatividade. Não aquela habilidade que um arquiteto precisa para com o desenho. Mas aquela outra, in natura, que inspira. Que acompanha o desejo de ser e brota sempre em jardins dispostos a florir. Depois então você rega.
Eis o Eu, você, Brêda e outras histórias. É a novidade que excita. O irresistível que desafia. A criatividade a banhar o mar quase incognoscível das experiências diárias. 

Beijo, Brêda et al.